Yu-Gi-Oh! Primeira Temporada e a Febre do Anime e Cartas no País.

Imagem oficial do anime 'Yu-Gi-Oh!' de 2000 criado por Kazuki Takahashi pelo estúdio Nihon and Systems Studio Gallop transmitido originalmente pela TV Tokyo. 

 'É hora do Duelo!' Yu-Gi-Oh! (que significa 'Rei dos Jogos', "King of Games") é um anime (e um mangá também) que teve origem no ano de 1998 (o mangá só em 2004), mas a primeira temporada 'oficial' do anime que marcou a vida de muita gente (inclusive a minha) pertence ao ano de 2000 estreando no dia 18 de Abril na 'TV Tokyo' onde era exibido. Ele foi criado por 'Kazuki Takahashi e ilustrado por ele mesmo e nesta primeira temporada temos exatamente quarenta e nove episódios.

 Pra quem não se lembra, a história do anime é focada num jogo de cartas das trevas onde os faraós de cinco mil anos atrás se divertiam, mesmo ele trazendo o caos por onde acontecia as partidas e tal, mas um poderoso faraó conseguiu trancar com muita dificuldade o grande poder dessas cartas em sete diferentes enigmas do milênio e depois de uma escavação, a caixa foi encontrada e um garoto chamado Yugi Muto que é apaixonado por jogos é presenteado por seu avô Solomon Muto que tem uma loja de jogos, com um estranho quebra cabeça que quando montado se torna o enigma do milênio, uma das sete relíquias dando um alter ego ao garoto tímido quando ele joga. Este alter ego tem o nome de Yami Yugi (Yugi das Trevas) e ele tem a missão de derrotar todas as pessoas que usam os enigmas para o mal (pois cada um tem uma função diferente) e não deixar que esse jogo de cartas que já fez um estrago a cinco mil anos atrás, faça agora. Então qualquer tipo de ameaça ele se põe na frente para dar um basta, quem não lembra do tema de abertura?

 Por aqui ele foi exibido pelo canal a cabo Nickelodeon parecendo ser 'clandestino' (que palavra, não encontrei outra), pois o canal não exibia animes se não for dele próprio e 'Yu-Gi-Oh!' era exibido pela 'TV Tokyo' então, meio que nada haver mesmo. Como eu não tinha TV a cabo na época que ele era exibido, só fui conhecer alguns anos mais tarde quando a Rede Globo fez o favor de nos dar as graças deste grande anime que era exibido na TV Globinho (extinta TV Globinho) sendo o desenho de maior audiência que era exibido de Segunda a Sexta fechando o programa. Pra mim era ótimo, pois eu voltava da escola do período da manhã e assistia e só depois almoçava. 

 Eu realmente me apaixonei pelo anime, pois logo no seu primeiro episódio ele teve uma grande batalha, uma grande história e no segundo também, então meio que era 'uma tacada atrás da outra' fazendo as crianças se surpreenderem pelo conteúdo em massa que ele trazia e depois, esperar até a manhã seguinte para conferir um novo episódio, pois na época eram poucos que tinham acesso a TV a cabo.

Imagem oficial do anime 'Yu-Gi-Oh!' de 2000 criado por Kazuki Takahashi pelo estúdio Nihon and Systems Studio Gallop transmitido originalmente pela TV Tokyo. 

 Realmente era assunto entre os grupos de amigos na escola e por onde você ia, mas na verdade o anime exibido era apenas um 'projeto a parte', pois o que rendia uma boa grana para os 'cabeças' por trás do projeto 'Yu-Gi-Oh!' eram as próprias cartas que os personagens jogavam no anime (no desenho, entendam que anime é um 'desenho japonês'), em outras palavras, o anime era apenas um 'grande mershandising' para algo bem maior que eram as cartas. Muitos 'marmanjos' jogavam o 'TCG' (Trading Card Game) e não assistiam o anime, e muitas crianças como eu (e acredito que outras milhares) conheceram e despertaram o interesse em jogar assistindo o anime e toda emoção que existia num mísero jogo de cartas (era incrível).

 Claro que o anime rendeu muita grana para eles e ainda rende, pois existem outras versões de 'Yu-Gi-Oh!' contando histórias de personagens diferentes e mostrando as novas cartas e como elas são usadas, mas vamos focar apenas na primeira temporada do anime aqui, então imagine uma criança que poderia construir um baralho (que se chama deck) com dragões (Dragão Branco de Olhos Azuis, Dragão Negro de Olhos Vermelhos, entre outros) ou magos (Mago Negro, Mago do Caos das Trevas, entre outros) e muitos outros tipos de criaturas, e claro, montando um baralho diversificado também, ficava no gosto da pessoa (do duelista).

 Pra quem não se lembra, a primeira temporada foi focada no Reino dos Duelistas, onde Yugi inicia a luta contra o mal que as cartas começam a fazer (em mãos erradas) e ensina o verdadeiro sentido do 'coração das cartas' (funciona assim, se você é uma pessoa do mal usa as cartas para o mal, do bem usa para o bem). O grande vilão da primeira temporada é o criador do jogo, Maximillion Pegasus que é um homem que criou as cartas e 'distribuiu' para todo o mundo onde se tornou febre, logo ele criou um torneio em sua própria ilha (pra você ver como as cartas eram caras, ele conseguiu comprar uma ilha e mora num castelo). No segundo episódio ele recebe um pacote contendo uma fita onde Pegasus trava uma batalha com ele pela televisão (esse episódio foi muito maluco) dentro do domínio das trevas revelando que ele portava uma relíquia do milênio também chamado 'Olho do Milênio' que consegue ler a mente das pessoas e no jogo ele saber qual carta ou qual plano do duelista para derrotá-lo antes que aconteça o tornando um adversário quase invencível. Pegasus é um homem misterioso que se envolve no Reino das Trevas para reviver sua esposa Cecília Pegasus, mas depois ele ajuda os 'mocinhos' (percebe-se no filme) e no mangá ainda mais, pela sua sabedoria sobre as cartas e o próprio jogo.

  Cena do anime 'Yu-Gi-Oh!' de Kazuki Takahashi da 'TV Tokyo'.

 Ele é o grande vilão da primeira temporada tendo o 'olho do milênio' implantado num olho que perdeu, mas existe outro que faz Yugi como rival, estou falando de Seto Kaiba que é presidente de sua própria empresa multinacional, a Corporação Kaiba. Ele tem inveja de Yugi e não consegue entender o significado do "coração das cartas" e comparece até a ilha, pois Pegasus sequestrou seu irmão Mokuba, e Yugi foi obrigado a participar (eu já ia quase me esquecendo), com a intenção de resgatar a alma de seu avô que foi aprisionada no domínio das trevas quando Pegasus venceu o duelo pela fita cassete. Com isso, Joey, o melhor amigo de Yugi, participa do torneio por causa do prêmio em dinheiro para pagar uma operação de vista para sua irmã, Serenity que custa os olhos da cara (não dormiria sem esse trocadilho!)

 Kaiba é um duelista frio, curiosamente, o criador Kazuki Takahashi o criou em 'homenagem' a uma pessoa, um amigo dele disse que conheceu uma pessoa que jogava um jogo de cartas e Kasuki se interessou e foi conhecer o homem para aprender a jogar. Sabe qual foi a resposta do rapaz? 'Volte aqui quanto tiver dez mil cartas'. Pra quem não sabe, Kazuki é um grande fã e jogador de games e 'TCG' também (Trading Card Game), legal a inspiração não? Mas continuando, Kaiba possuí três Dragões Brancos de Olhos Azuis em seu baralho, uma criatura lendária e muito poderosa sendo considerada difícil de derrotar com seu poder de fogo na época, na primeira temporada. No anime, existem apenas quatro cartas de Dragões Brancos de Olhos Azuis, três pertencem a Kaiba e uma pertence ao avô de Yugi que no primeiro episódio do anime ele perde um duelo contra Kaiba apostando seu bem mais precioso (a carta Olhos Azuis) e quando Kaiba o consegue, simplesmente rasga a carta para só ele ter as três (mas por quê ele não colocou em seu baralho?), pois as regras são claras, em um baralho só podem existir três cartas repetidas, mas existem algumas em exceção (que são mais apelonas) que reduzem para duas e outras para uma e ainda existem as cartas banidas que não podem ser usadas para jogar (apenas para colecionar).

 Falando em regras, esta primeira temporada de 'Yu-Gi-Oh!' existiu apenas para promover a venda de cartas e chamar atenção mesmo, pois só a partir da segunda temporada que as regras aplicadas na história ficaram mais parecidas com as do jogo oficial. Na primeira temporada os jogadores tinham dois mil pontos de vida e eles eram reduzidos quando subtraísse a diferença do ataque do monstro adversário pelo ataque do seu monstro (claro, ou vice-versa), monstros em modo de defesa o jogador não perdia pontos (isso é comum e aplicado) e não existia o 'ataque direto', a regra era meio sem pé nem cabeça, pois se o oponente tiver esperando um monstro ou uma jogada (como só pode 'sacar' uma carta por vez, a não ser se um efeito mude isso durante o jogo por uma outra carta) ele só colocava os monstros em modo de defesa e pronto (não tinha muito nexo mesmo). 

 Outras regras sem pé nem cabeça que existiam era sobre os próprios monstros, uma que me lembro foi que o 'Guerreira da Espada de Chama Dourada' (carta preferida do Joey) atacou o 'Touro Furioso' de Kaiba, ele é mais forte que o touro, mas não o destruiu, pois Yugi disse que o monstro terra possuí uma vantagem contra monstro fogo (meio que Pokémon essa, não?). Outra foi o duelo contra um duelista das trevas chamado 'Panik' que jogou um monstro chamado 'Castelo das Sombras' e ele cobria o seu campo não deixando Yugi ver suas criaturas, duas coisas muito sem noção aconteceram nesse duelo que nunca poderia ser aplicado na 'vida real', a primeira foi quando o 'Gaia, Matador de Dragões' um monstro de Yugi muito poderoso atacou o castelo e quebrou seu 'eixo' que o mantinha flutuando no ar (por quê?) e depois descobriu que as 'Espadas da Luz Reveladora' estavam 'sustendo' o castelo no ar e quando elas desapareceram ele começou a desmoronar em cima dos monstros de 'Penik' que colocou uma barreira de proteção e a barreira impossibilitava os monstros a 'andarem' para sair debaixo do castelo (que isso?), resultado: o castelo os esmagou e fizeram uma subtração muito maluca que tiraram todos pontos de vida do jogador maligno. 

 Por isso e outros acontecimentos bizarros (era chato quando seu amigo inventava algum 'movimento' de monstro do nada como no anime num jogo) que mostra que a primeira temporada foi realizada para atrair novas pessoas a conhecerem e se interessarem pelo jogo de cartas Yu-Gi-Oh!, por isso que as regras eram incógnitas e não se aplicavam, só existia pra ficar mais legal e aumentar a vontade da pessoa se aventurar a jogar o jogo (e automaticamente comprar as cartas, esse era o plano). Mas logo eles viram que a audiência estava boa e a segunda temporada seguiu as regras e a partir dela continuou seguindo e atualmente o anime 'ensina' os efeitos de cartas novas e novas habilidades, pois até hoje são lançadas novas cartas e novos animes alimentando essa grande franquia. 

Imagem oficial do anime 'Yu-Gi-Oh!' de 2000 criado por Kazuki Takahashi pelo estúdio Nihon and Systems Studio Gallop transmitido originalmente pela TV Tokyo. 

 Agora falando sobre as cartas e como esse conhecimento chegou até minha pessoa, na verdade elas já existiam na internet e em lojas de games como hoje, eu até talvez 'cruzei' com algum pack 'pacotinho' vendendo nesses locais, mas ao meio de tantos jogos nunca percebi (e também sem conhecer o anime eu não saberia o que se tratava) e assistindo o anime eu e as crianças da escola começaram a criar as cartas em folhas de papel com a pontuação e jogar pintando com a caneta a parte de trás (muito tosco, mas era o único jeito de se divertir) e realmente era legal. Não demorou muito pra mim conhecê-las, foi no 'Salão do Reino' (é um tipo de 'igreja' eu era 'Testemunha de Jeová' quando criança, hoje não frequento, mas acredito) um amigo meu chamado Renato que morava próximo de mim me mostrou quando eu estava indo embora, ele tirou do bolso e eu quase cai pra trás, me lembro como se fosse hoje, era a carta mágica 'Remove Trap'. Perguntei pra ele onde tinha conseguido e ele falou que nas bancas de jornais. No dia seguinte eu fui almoçar na casa de minha avó, e quando eu era criança gostava de ir com meu avô nas bancas de jornais pra ver os desenhos de revistas e HQ´s (mesmo sem eu saber ler ele comprava pra mim ver os desenhos), mas enfim, a banca estava aberta e fomos até lá comprar e pra minha alegria ele tirou um pacote enorme envolvido com um barbante cheio de pacotinhos e disse que cada um era 15 ou 20 centavos e vinha três cartas, eu quase cai pra trás (que papo nerd/geek), mas foi verdade.

 Meu avô comprou inúmeros e a cada pacotinho feito de jornal vinha três mini cards (se não me engano) e eu ficava pirado com eles. Eram as primeiras, o material era muito vagabundo, elas eram pequenas mesmo e o desenho era borrado, mas eu fiquei deslumbrado e logo consegui o 'Mago Negro', o 'Rei Caveira' o 'Fantasma Mágico', o 'Servo Caveira' e outros que não me lembro. Depois dessa foram lançados inúmeros tipos de pacotinhos e eu fui comprando. Eu não tinha ideia que aquelas cartas eram falsificadas (eu tinha uns treze, catorze anos), e depois eu soube das cartas originais e os preços monstruosos de algumas (das melhores e mais raras).

Alguns dos meus mini-cards 'Yu-Gi-Oh!'. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.

 Depois começaram a vender as cartas maiores como esta última 'O Perseguidor' e cada uma era 20 centavos e eu não me interessei. Uma das mais antigas é essa primeira da segunda fileira da esquerda pra direita (uma asa verde com um lenço rosa). Essas são algumas que tenho, pois ainda tenho guardada mais de mil cartas numa bolsa enorme onde o zíper está até estourado, delas eu nunca vou me desfazer, pois fazem parte da minha infância e são uma boa nostalgia, com certeza. Como ela fica num lugar de difícil acesso' e tem muitos cadernos e coisas em cima da bolsa eu só consegui pegar essas para mostrar e postar no Portal, mas um dia quando eu arrumar o local eu a tiro e as espalho no chão e tiro algumas fotos colocando aqui. 

 Falando das cartas originais, comprei de um homem num site de vendas online bem conhecido (não estão me pagando, não vou mencionar o nome) onde ele vendia de lote e foi uma furada. Elas eram originais, mas vieram algumas repetidas e você não podia escolher. Depois meu tio me levou num local onde uma senhora vendiam 'Starters Decks' de personagens (dos primeiros, hoje existem muitos diferentes), mas na época tinham dos personagens principais: Yugi com o Mago Negro, Pegasus com o 'Reliquished' ('a Abdução'), Kaiba com o Dragão Branco de Olhos Azuis e o Joey com o Dragão Negro de Olhos Vermelhos. Essas eram as cartas de destaque, mas vinham com outras 49 (totalizando cinquenta) mais um campo de batalha e um livro de regras. Quando fui comprar eu escolhi o do Yugi (óbvio né) e me lembro que a senhora me mostrou uma pasta cheia de cartas que ela vendia avulsa e o 'Dragão Branco de Olhos Azuis' estava custando vinte reais (só uma carta), meu tio disse se eu queria o 'Deck' ou a carta e eu escolhi o Baralho (o Deck). Depois que o abri, percebi que não vinham muitas cartas que o personagem usava como 'As espadas da luz reveladora' a 'Força espelho' e alguns monstros e fiquei meio decepcionado. Era a época do Orkut e eu conversei com um jogador que me explicou que esses 'Starter Decks' são baralhos para iniciantes, algumas cartas poderiam ser aproveitadas, mas era pra você ter uma noção de como montar um baralho, mas também que para montar era preciso comprar cartas avulsas e montar pouco a pouco, como eu não tinha dinheiro para gastar comprando cartas eu continuei me divertindo com os mini-cards, na maioria das vezes eu montava bons baralhos e postava na comunidade sobre o assunto no Orkut (tinha várias comunidades), você separava os monstros das cartas mágicas e das cartas armadilhas e postava os nomes delas no tópico que você criava e as pessoas analisavam seu baralho. Eu 'não querendo me gambar' conseguia montar ótimos baralhos, mas mal sabiam as pessoas que se tratavam de cartas falsificadas, pois sempre tive muitas cartas e sempre eu montava baralhos, foi uma época boa.

 Abaixo eu tirei uma foto das mesmas cartas viradas (algumas), pois depois foram lançadas outras versões e existiam 'propagandas' atrás delas, isso dificultava muito, pois as costas das cartas não eram iguais e algumas eram poucos milímetros maiores que as outras e isso dificultava na hora de embaralhar e o baralho ficava torto e feio (diferente de um baralho de cartas originais, todas do mesmo tamanho, realmente o baralho ficava lindo).

Alguns dos meus mini-cards virados para vocês verem a diferença das cartas ao decorrer dos anos e edições.

 Claro que isso só acontece com as cartas piratas, as originais tem o logo da Konami que é a empresa do jogo e o logo do anime e jogo abaixo. Agora a última vez que eu tive contato com cartas originais foi com um tio que mora dos Estados Unidos, lá elas são mais baratas e ele vivia me falando pra mim pedir algo e um dia pedi algumas cartas de lá e ele me enviou alguns boosters (pacotes de cartas), que vinham nove (ou oito cartas) e de edições diferentes. Não me surpreendi muito com as cartas que veio, em exceção de duas cartas que estimo serem raras e que valem uma graninha. Um dos pacotes veio o 'Dragão Armado LV 10' esse monstro faz parte do segundo anime da franquia que leva o nome de 'Yu-Gi-Oh! GX' e tem o mesmo poder de ataque do 'Dragão Branco de Olhos Azuis' (pontuação 3000) e numa embalagem promocional que vinha alguns 'boosters' vinha no centro uma carta e esta era o 'Dragão Supremo de Olhos Azuis' (um dos monstros que mais gosto, me lembro que quando consegui o 'tazo' desta criatura eu embalei num plástico para ele não riscar) e me surpreendi quando consegui a carta.

Duas de minhas cartas originais de Yu-Gi-Oh! Lado esquerdo o 'Dragão Armado LV 10' e do lado direito 'Dragão Supremo de Olhos Azuis'. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.

 Pra quem não se lembra, o 'Dragão Supremo de Olhos Azuis' é a fusão de três Dragões Brancos de Olhos Azuis e esta criatura possuí 4500 pontos de ataque sendo uma das mais poderosas da primeira temporada, abaixo você vê as costas de uma carta original.

Cartas originais de 'Yu-Gi-Oh!' mostrando o verso e a criatura. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.

 E você? Como encarou a chegada de 'Yu-Gi-Oh!'? Com a chegada das cartas, você gostava, colecionava? Antes de finalizar a postagem eu tenho que lembrar do grande alvoroço que essas cartas deram: todas crianças compravam, ou era pra colecionar, pra jogar ou pra 'bater' e os pais dessas crianças olhando os desenhos foram percebendo que elas continham alguns textos e nomes estranhos contendo palavras como 'demônio', 'trevas', 'assombro', 'demoníaco', entre outros. Com isso, as pessoas começaram a ligar as cartas com as forças do mal, algumas igrejas falaram que as 'figurinhas' estavam ligadas a uma seita que controlava a mente das crianças para um mal maior e mais um monte de 'baboseiras', sem contar com as palavras 'invocação', 'besta' e 'encarnado'. 

 Não encontrei uma reportagem que foi exibida na televisão falando das cartas e que elas tinham algo relacionado ao diabo. Sei que muitas mães botaram fogo ou simplesmente obrigaram o filho a jogar as cartas fora, mas isso foi ridículo. Bem, as mães não iriam entender, mas no Japão a figura de demônios faz parte da cultura deles e eles não possuem a mesma visão que a gente, outro fato é que não tem nada haver o desenho de um suposto demônio numa carta (num pedaço de papel e segundo a história) que a criança vai se rebelar e começar a fazer rituais de magia negra e desenhar pentagramas nas paredes, aposto que muitos pais gostariam de ver seus filhos envolvidos em colecionar e jogar cartas do que usarem drogas ou praticarem algo ilegal que exista. Sorte que minha mãe não ficou sabendo, mas depois que ficou ela só disse que não gostava, mas muitas mães de colegas que eu tinha fizeram jogar as cartas fora por conter tais palavras impressas nas cartas e depois as crianças foram no embalo dizendo que aquilo fazia parte do demônio, acredito que muitos lembram desse episódio, mas fazer o quê?

 Atualmente eu as tenho guardadas, o anime é exibido no canal a cabo 'Play TV' as Segundas e Quintas na faixa das 23:30 (mas fique de olho na grade, sempre trocam os horários) e assisto relembrando a nostalgia da época da extinta 'TV Globinho'. Hoje existem 'cartas' vendidas em bancas de jornais de tudo (mas foram no embalo da febre de Yu-Gi-Oh!), pois lançaram do 'Cavaleiros do Zodíaco' (existe um jogo deles) como do Pokémon também e depois extrapolaram lançando 'cards' da novela mexicana Rebelde, e um dia desses vi até 'cards' (um nome chulo, não?) de MC´s de Funk (foi a gota d´água) e existem tantos que acredito que atualmente as crianças perderam o interesse, mas ainda vendem.

 Yu-Gi-Oh! fez parte da minha infância e sua força foi muito grande para marca-la e acredito que não só pra mim, mas em muitas pessoas. Existiam muitas coisas sobre o anime como promoções nos salgadinhos, bonecos dos personagens e dos monstros e muito mais, hoje a febre baixou, sempre é assim, mas ele viveu por um longo tempo no pico e atualmente existem lojas oficiais, torneios e lojas que vendem as cartas. É isso pessoal, escrevi demais e meus dedos estão dormentes, acredito que esta seja a postagem mais extensa até hoje do Portal, mas contei tudo sobre minha ligação ao anime e as cartas e a febre que existiu sobre as cartas (e a repercussão depois). Pra finalizar eu vou postar a foto do meu disco de duelo, eu brincava com ele, mas é um pouco complicado e pesado para colocar no braço, então ele fica de enfeite no meu quarto. Me lembro que existiam três modelos: o do caos que é o meu que infelizmente era o único que tinha na loja, o comum que os duelistas usavam e o da geração 'GX' que era um comum mais sofisticado, não sei se hoje foram lançados outros, mas faz parte da Nostalgia e o comprei quando tinha uns dezesseis anos achando o máximo. 

Disco de duelo modelo do caos 'Yu-Gi-Oh!'. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.

 Espero que tenha gostado e relembrado momentos que você teve com as cartas, o anime e os produtos que envolveram, abaixo eu separei cinco vídeos de duelos realizados em torneios e saiba como eles acontecessem, alguns mais sérios outros mais descontraídos (alguns aconteciam em eventos Cosplays e livrarias). Fique com os vídeos e se tiver algo para compartilhar, por favor, use o campo de comentários abaixo e alimente ainda mais a postagem sobre esse grande anime que foi criado para alimentar o sucesso das cartas originando o jogo. É hora do Duelo!