Arte de capa do álbum de estréia da banda 'Beady Eye' de Liam Gallagher da 'Beady Eye Records' de 2011.
Antes de falar sobre o álbum 'Different Gear, Still Speeding', por quê o 'Portal' ficou 'desatualizado' á tanto tempo? Ótima pergunta, pensei em criar uma postagem referente a isso, mas acredito que seria inútil e que os motivos poderiam ser explicados por aqui mesmo, no início de uma postagem importante. Como vocês sabem (ou não) eu escrevo livros (agora já sabem) e comecei a escrever um no início da semana passada e o mesmo tempo que uso para escrever e escrever postagens aqui para o 'Portal' é o mesmo, então como sou um tenho que administrar o meu tempo e por isso eu quando começo a escrever deixo o 'Portal' como segundo plano, mas nunca o considero abandonado, ou algo do tipo, pois apenas estou 'trabalhando' em um projeto e não posso perder o foco para voltar aqui e escrever (pois não é só sentar e escrever, existe todo um trabalho como pesquisa e tudo mais para a postagem realmente ficar bacana para agradar o leitor e ele voltar mais vezes e divulgar para os amigos) e por isso, no meu ponto de vista, o 'Portal' está indo tão bem com muitas postagens ricas trazendo muitas informações. Meus planos agora é atualizar este espaço uma vez por semana (hoje eu tirei o Sábado, não tenho planos mesmo) e decidi sentar e escrever um pouco deixando o projeto para os dias da semana, mas repetindo, o mesmo não ficará desatualizado por muito tempo, pois sempre procurarei um tempo, como hoje, para ficar tranquilo e escrever sobre algo alimentando a gama de conteúdo que o mesmo traz e vai vir trazendo, por isso é muito importante você divulgar e publicar em suas redes sociais, pois será um 'feedback' que estará me dando reconhecendo o trabalho bem feito que faço. Agora vamos para a postagem.
Eu venho prometendo já faz um tempinho e finalmente estou aqui para falar sobre o álbum de estréia da banda Beady Eye liderada por Liam Gallagher (vocalista do Oasis) e os ex-integrantes da banda tirando Noel Gallagher que partiu para a sua sonhadora e lucrativa carreira solo com 'Noel Gallagher High Flying Birds' (já falei deles aqui, use o campo de busca presente no 'Portal' para saber mais). Mas focando em Beady Eye, a banda surgiu logo quando o grande Oasis terminou, Liam Gallagher estava nervoso, mas queria continuar nos palcos junto com seus amigos e mostrar para Noel que não precisava dele para fazer sucesso e montar uma banda de grande calibre (pois Noel Gallagher que escrevia as músicas e era a alma do Oasis) e assim foi criada a Beady Eye, primeiramente por baixo dos panos.
Os integrantes deram uma sumida por um tempo para escreverem algumas coisas e ensaiarem, experimentar sons diferentes e trazer algo novo. Até que no final do ano de 2010 eles deram as caras lançando o primeiro single chamado 'Bring The Light' preparando todos para 2011 que seria o ano de Liam Gallagher e sua nova banda que tinha acabado de sair do forno (um bolo, uma torta?).
Uma música bem agitada com backing vocals femininos e um clipe energético, a Beady Eye parecia estar ligada nos 220 com toda energia que a música e o vídeo trazia com a grande voz de Liam Gallagher.
No dia 28 de Fevereiro de 2011 o tão esperado 'Different Gear, Still Speeding' foi lançado, o álbum de estréia da banda que todos estavam esperando (fãs do Oasis também, para conferir o que Liam Gallagher poderia fazer sem Noel Gallagher) trazendo treze músicas (dezoito se for contar as 'b-sides' que são cinco). O álbum acabou rendendo cinco singles, o primeiro já mencionado chamado 'Bring The Light' (sexta faixa) lançado no dia 22 de Novembro de 2010, o segundo 'Four Letter Word' (primeira faixa abrindo o álbum 'Different Gear, Still Speeding') no dia 17 de Janeiro de 2011, 'The Roller' (que é o carro-chefe da banda) e a terceira faixa do álbum foi o terceiro single lançado no dia 21 de Fevereiro de 2011 seguido por 'Millionaire' (segunda faixa) no dia 2 de Maio de 2011 e o último 'The Beat Goes On' (décima segunda faixa) lançada no dia 11 de Junho do mesmo ano virando um hino para a banda também.
Imagem oficial da banda Beady Eye para a divulgação da mesma no ano de 2011.
As letras presentes no álbum foram mescladas, pois todos ajudaram a escrever as músicas. Beady Eye veio trazendo algo realmente inovador e muito forte batendo de frente (pelo menos tentando) com tudo que era banda tentando ou fazendo sucesso na época e realmente ela tinha essa força, obviamente, por contar com o grande Liam Gallagher que pode ser considerado um mestre e que faz parte da história da música britânica e os integrantes da extinta Oasis.
Eu fiquei muito animado ao ouvir e experimentar essa nova sonoridade, é um 'Britpop' (estilo que amo) inovador e diferente com faixas mistas e diferente do Oasis. Muitos não gostam de comparações, acredito que uma vez o próprio Liam Gallagher disse que 'Oasis é Oasis, Beady Eye é outra banda', mas o Oasis parecia mais pé no chão com músicas mais firmes e concretas enquanto a Beady Eye soa como uma banda sonhadora fazendo que está no topo com músicas firmes e concretas, pois não se pode começar no topo, existe um caminho que pode demorar um certo tempo ou explodir, mas ela já pensou que só por ser constituída pelos ex membros do Oasis, meio caminho estava andado, mas se esqueceram de um ponto crucial chamado 'Noel Gallagher' que não aparecia muito como Liam Gallagher, mas era ele que era a estrutura real, o esqueleto nesse corpo chamado Oasis.
Não vou mais comparar e falando daquele jeito, parece que eu tirei todo o ouro da banda, mas não é bem assim. Primeiramente vamos falar das críticas que foram mistas para um álbum regular até um álbum ótimo. Eu gostei muito de 'Different Gear, Still Speeding' e até hoje eu a ouço e alguns se esqueceram por infelizmente a banda já ter acabado, mas reconheço a força que ela tem.
Primeiramente temos 'Four Letter Word' que abre com um pesado mostrando que eles não vieram com brincadeira, temos a 'The Roller' que é uma das músicas mais trabalhadas, concretas, bonitas e fortes do álbum que ao meu ver tem a cara da Beady Eye, realmente ela é incrível e não podemos tirar o brilho da mesma, confira abaixo ela numa performance ao vivo.
A quarta faixa intitulada como 'Beatles and Stones' é bem curta tendo menos de três minutos de duração, mas com um significado muito grande na letra presente 'eu vou passar no teste dos tempos como os Beatles e os Stones', Liam e os outros (adicionei os demais, mas Liam, com certeza) estava pronto para decolar com a banda e esperava que ela conseguiria atingir o topo da atualidade do Rock 'n' Roll e poderia ser comparada e entrar na história da música como os Beatles e os Rolling Stones. Na sétima faixa temos algo mais calmo ('For Anyone'), pois não poderíamos contar apenas com força e brutalidade (falando assim soa 'Heavy Metal', mas vocês entenderam) e temos algo mais emotivo e tocante chegando depois a mais bela música do álbum intitulada como 'Kill for a Dream' onde existe um som mais tranquilo e a voz do Liam sobressaindo, ele não segue a calmaria e canta como se existisse um contraste que ficou incrível (eu pensava que viraria um 'single', mas infelizmente não acabou virando). Existem algumas faixas psicodélicas como 'Wind Up Dream' (quinta) e 'Wingman' (décima) trazendo uma sonoridade diferenciada. O termo certo não é 'psicodélica', mas são diferenciadas das outras.
Liam Gallagher, vocalista, num show de 2011 na frente da Beady Eye. Fonte da Imagem: clashmusic.com
A 'Three Ring Circus' é a última que mostra a força da banda, pois depois vemos a maré baixar com as duas últimas que parecem se encaixarem, estou falando da fabulosa 'The Beat Goes On' que é muito calma e tocante sendo uma das grandes do álbum onde os fãs realmente gostaram e cantam junto. Ela foi usada num vídeo promocional para o time 'Manchester' que é do coração de Liam, colada com a música 'Blue Moon' onde a banda faz um cover do grande Elvis Presley. Em seguida finalizando temos a 'The Morning Son' que é uma música que mistura ingredientes psicodélicos, uma música mais calma e ótima para se fechar o álbum por ser grande e mostrar o universo da banda através da sonoridade empregada na décima terceira faixa.
A banda veio mostrando o que era capaz, foi bem criticada e obviamente alguns torceram o nariz, mas eles cometeram um erro grave ao meu ver: como as músicas foram escritas um por um dos integrantes (algumas já eram demos e melhoraram, outras estavam na cabeça e faltava passar para o papel, outras surgiram), enfim, com muitas pessoas trabalhando nelas, parece que não houve uma conexão nas faixas. O que eu vejo em 'Different Gear, Still Speeding' é um álbum contendo músicas criadas sem conexão dos ex-membros do Oasis, simplesmente eles as fizeram e estudaram uma maneira melhor e mais cabível de colocá-las em ordem, mas meio que acabou soando como um 'The Best of' onde um álbum é criado com músicas de vários álbuns de uma banda ou artista e não tem conexão com uma faixa a outra? É isso que consigo ver, elas não se conversam e isso é importante, haver uma comunicação entre as faixas e não simplesmente fazer e colocar numa ordem que parece soar melhor. Pelo menos nessa parte eles conseguiram, acredito que deixaram de uma maneira mais favorável que encontraram, pois se fosse de outra maneira ficaríamos mais perdidos e isso que ocorre, é a mesma coisa de ouvir algo mais calmo e depois vem algo mais pesado e depois outro e depois psicodélico e depois calmo novamente.
Eles estavam com vontade de ver como seriam recebidos e talvez essa parte passou despercebida, mas conseguiram arrumar no segundo álbum que foi mais trabalhado. O álbum de estréia da banda parece que surgiu da maneira de um pegou duas músicas que estavam prontas e as melhorou, outro já tinha mais uma e outro mais duas, depois pensaram em criar mais e formaram o álbum, eu não vi um 'trabalho em grupo'. Mas o álbum ficou ótimo, eu gostei muito dessa posição que vieram, pois mesmo que não conseguiram fazer muito sucesso, ela mostrou que tinha força e poderia fazer o que bem entendesse no palco,
'Different Gear, Still Speeding' alcançou boas posições em muitos países como na Escócia (segunda posição), Reino Unido (terceira), Irlanda (terceira), Japão (quinta), Alemanha (quinta), Suíça (sétima), Países Baixos (sétima) e Itália (décimo lugar). É um álbum que deve ser conferido, foi lançado na edição simples e a japonesa tinha a edição de luxo que adicionava mais duas faixas ('Sons of Stage' e 'World Outside my Room') em download digital, CD e Vinil.
Essa foi a postagem que prometi, acredito que as faixas adicionadas vão fazer você ter uma ideia se irão gostar ou não da sonoridade diferenciada deles (usando a comparação novamente) e se estarão dispostos a escutar o álbum e adicionar a sua playlist de músicas. Beady Eye com um grande álbum de estréia, porém um pouco desorganizado, mas contendo grandes músicas que mostram a força que os integrantes da mesma possuem para criarem um álbum potente e engenhoso.
Integrantes da banda Beady Eye numa imagem de divulgação oficial da própria banda.
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