Capa do álbum 'The Bends' da banda britânica Radiohead lançado no ano de 1995.
Eu adoro a banda Radiohead e hoje vou falar de um dos álbuns mais importantes para a banda (talvez o mais) e o que ele trouxe e traz para quem está o ouvindo. Era uma questão de tempo de falar de Radiohead por aqui, pois já falei de muitas bandas (faltam muitas ainda) e acredito ser importante e até bacana algum fã ou curioso que possa vir ler essa postagem (como você que se encaixa em fã ou curioso?) e gostar da banda ou saber mais sobre o álbum que aliás estou escutando agora e escrevendo essa postagem. Então sem mais delongas, vamos falar sobre 'The Bends' e algumas coisas que circulam sobre esse álbum que traz doze incríveis faixas que alimentam nossa alma ao ouvir (e estou falando sério).
Banda Radiohead em 1995 em Nova York. Fonte da imagem: radiox.ru
A Radiohead é uma banda sem igual, pois eles simplesmente não podem ser comparadas a ninguém. Digo que a mesma mora no meu coração com algumas outras bandas que tem um especial que se destaca as outras e a Radiohead tem a inteligência (e muita) de trazer a melancolia, a tristeza e os sentimentos que está preso e entalados na garganta dos membros no vocal de Thom Yorke e nos sons dos instrumentos que eles utilizam, este álbum não apresenta nenhuma novidade, mas em outros álbuns eles realmente causam experimentando os mais diferentes instrumentos para encaixar na música até o mesmo se tornar uma coisa apenas e ser contemplado.
'The Bends' é o segundo álbum da banda sendo sucessor de 'Pablo Honey' de 1993. Ele traz com suas músicas um estilo de 'Rock Alternativo' mostrando muitos violões nas canções e em algumas muita guitarra expressando um sentimento muito forte (um exemplo: 'Black Star' a décima faixa do álbum e uma das minhas favoritas). O álbum foi lançado no dia 13 de Março de 1995 com a produção de John Leckie com os selos da 'Capitol Records' e 'Parlophone' tendo quarenta e oito minutos de duração.
O álbum rendeu cinco singles: 'My Iron Lung' (oitava faixa) lançada no dia 24 de Outubro de 1994, 'High and Dry / Planet Telex' (terceira e primeira faixas) em Fevereiro de 1995, 'Fake Plastic Trees' (quarta faixa) no dia 15 de Maio de 1995, 'Just' (sétima faixa) em 7 de Agosto de 1995 e 'Street Spirit (Fade Out)' a canção que fecha o álbum também virou single no dia 22 de Janeiro de 1996.
Mas qual o motivo de 'The Bends' ser um álbum tão importante para a banda? Muito bem, como eu disse acima, os integrantes que formam a banda são muito reservados e não gostam muito de fazer o que todos (ou a maioria) de pessoas que fazem parte de bandas fazem como se drogar o dia inteiro ou sair com prostitutas. Na época que lançaram foi um grande passo para a banda por trazer algo diferencial da época onde quem estava no topo e fazendo músicas adoidados e muito sucesso era o Oasis e o Blur com a era 'Britpop' e eles não podem ser considerados parte desse 'movimento'.
Integrantes da banda Radiohead em 1995. Fonte da imagem: xryff.tumblr.com / MOJO.
Eles apenas decidiram fazer seu trabalho enquanto o movimento estava no seu auge, eles meio que agiam pela borda enquanto no centro ficavam as bandas que realmente tem o sangue 'Britpop'. 'Pablo Honey' que é o álbum de estréia do Radiohead conseguiu ter um certo reconhecimento (eu o adoro), mas não se sobressaiu tanto, apenas a música 'Creep' que foi muito conhecida e ainda é para os fãs (que quem a conhece mais não a elege a melhor, acredito eu) e para as pessoas que gostaram. Neste álbum eles realmente queriam ousar para ver se decolavam de uma vez com o diferencial que traziam ou se afundavam de vez.
'The Bends' veio trazendo músicas muito melancólicas e sem muito nexo para serem entendidas (mas quem entende um sentimento?), algumas bem mais melancólicas que outras como 'Fake Plastic Trees' que é um mar de depressão, mas ao mesmo tempo é algo bonito e eles sempre a tocam em seus shows por ela ser muito, mas muito especial e o verdadeiro 'carro chefe' de 'The Bends'. Confira uma versão ao vivo quando eles tocaram aqui em São Paulo (eu não conhecia a banda na época) na turnê do álbum 'The King of Limbs', foi fantástica e ela ao vivo consegue ser mais emocionante que a versão do álbum, ouçam no volume máximo para capturarem toda energia que a mesma traz.
Eles marcaram isso com 'The Bends' trazendo uma identidade para a banda, algo muito melancólico, músicas que realmente expressam os sentimentos de uma forma brusca e sem nexo e em algumas vezes com uma calmaria no ritmo seguido nos confortando em muitas das faixas como 'High & Dry', 'Street Spirit (Fade Out)' e 'Bullet Proof... I Wish I Was' (nona faixa).
O álbum é considerado por muitos críticos como um dos melhores álbuns da história, este álbum abriu as portas para a banda criar coisas novas em cima de outras questões usando outros focos como, por exemplo, o álbum posterior que tem o título de 'Ok Computer' que eles usam a melancolia em cima da tecnologia em alguns aspectos, também foca no crescimento do consumismo, alienação social, isolação emocional e divergências políticas. 'The Bends' é muito focado nos próprios integrantes, talvez sendo um dos álbuns mais pessoais para a própria Radiohead casando por ser o álbum mais importante para a banda, pois depois que todos o conheceram, muitos começaram a ir atrás e seguindo seus próximos trabalhos que estariam por vir, parabéns Thom Yorke!
Integrantes da banda Radiohead em 1995. Fonte da Imagem: almanaquedossentidos.wordpress.com
Com todo reconhecimento vieram automaticamente as paradas que o álbum conseguiu alcançar em todo o mundo, pois só no Reino Unido ele ganhou quatro discos de platina com a beleza e o sentimento de 'The Bends', alcançou a quarta posição no 'UK Albums "OCC"', oitavo em dois países 'Nova Zelândia Albums Chart' e 'Ultratop 50 Albums', no 'Billboard 200' dos Estados Unidos ele ficou na posição de número 88.
"Fake Plastic Trees" é uma das faixas mais famosas do álbum (no mesmo time de 'Blackstar'), mas acredito que é uma das que a banda realmente ama de paixão. A inspiração para essa música tão melancólica que talvez deu o 'prestígio' para a banda ser taxada como a mais depressiva de todos os tempos foi inspirada em uma área a Leste de Londres que foi projetada apenas para árvores artificiais. A música também fez parte da trilha sonora do filme Clueless estrelado por Alicia Silverstone no mesmo ano que o álbum foi lançado. Ela ficou famosa em território nacional por fazer parte de uma campanha publicitária sobre síndrome de down e também fez parte do filme 'Bruna Surfistinha' onde a banda só a liberou depois de assistirem o mesmo.
Foto dos integrantes da banda Radiohead em 1995. Fonte da imagem: pastdaily.com
Realmente não tem como não gostar de Radiohead (pelo menos ao meu ver), claro, se você gosta ou pelo menos tem uma queda por bandas que fazem um som independente, mesmo que hoje eles estão no topo e são conhecidos (bem ou mal) por todos pela sua história. Gostei muito de 'Pablo Honey' e adorei ainda mais 'The Bends'. a diferença é que o álbum de 1993 talvez fora composto sem muita estrutura, isso é, as faixas são meia aleatórias mesmo se saindo muito bem e uma conversando com a outra, mas não tinham um foco direto como este que é muito pessoal e transborda emoção e essas vinda dos próprios membros da banda e tudo isso junto com as faixas se torna muito especial, cada faixa, cada ritmo que a música segue e cada diferença de vocal de Thom Yorke. Aqui eles estavam mais focados, ousaram e felizmente foram felizes no que fizeram, no resultado que tudo isso deu e foi brilhante!
Eu adoro todas músicas do álbum, pois elas conversam entre si, mas 'The Bends' (segunda faixa), 'High & Dry' (terceira faixa), 'Fake Plastic Trees' (quarta faixa), 'Just (You do It to Yourself) (sétima faixa), 'My Iron Lug' (oitava faixa), 'Bullet Proof... I Wish I Was (nona faixa), 'Blackstar' (décima faixa) e 'Street Spirit (Fade Out)' (décima segunda faixa) bate um grande sentimento ao ouvir, na verdade todas são incríveis mas realcei as que tem um pouco mais de sentimento ao meu ver e ouvir, realmente é um álbum maravilhoso onde a ordem está incrível e as composições muito belas.
Imagem dos integrantes da banda Radiohead no ano de 1995. Fonte da Imagem: catalog.flatworldknowledge.com
Espero que tenha se interessado na banda em conhecer mais sobre a grande Radiohead ou pelo menos o álbum 'The Bends' e a sua importância para a banda, o álbum chave para a carreira da banda decolar e a mesma ser reconhecida em todo o mundo com suas letras sentimentais e lindas. Só falando da capa, ela é bem simples e quiseram transformar o vocalista em um boneco 3D, mas como a tecnologia na época para isso não era tão avançada como hoje, o vocalista acabou ficando assim. Eu olho para a capa e tenho a minha dedução (não sei se vão concordar), mas pra mim a capa do álbum 'The Bends' significa um tipo de 'alívio', pois o boneco está com a boca aberta e olhos fechados como se tivesse conseguido fugir de algo ruim, ou escapado de algo, ou algo que lhe trouxe um certo alívio, um certo conforto que a pessoa fecha os olhos e solta o ar pela boca com a intenção "finalmente terminou" ou "finalmente descobri" e isso tem haver com a mistura dos sentimentos que estão dentro do álbum, eles descobriram uma forma de expressar nas letras e nos sons dos instrumentos que tocam e ao descobrirem que podiam fazer isso e sentir prazer depois de se livrar daquilo engasgado na garganta eles respiraram mais aliviados (bom, é a minha opinião sobre a capa).
Não poderia faltar Radiohead de jeito nenhum aqui no 'Portal do Ultra' e hoje, feliz, trago uma postagem mais que especial sobre um álbum especial, 'The Bends' é claro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário