sexta-feira, 25 de março de 2016

O Doador de Memórias.

Poster oficial nacional do filme 'O Doador de Memórias' (The Giver) de 2014 da Paris Filmes.

 Minha lista de filmes ainda não acabou e estou indo devagar falando detalhadamente de um por um (numa visão crítica ao meu ver, ou pelo menos tentando) e hoje vou falar sobre 'O Doador de Memórias' que faz um tempinho que vi e o escolhi para falar hoje por aqui.
 O longa é uma adaptação cinematográfica de um livro de 1993 escrito por Lois Lowry nos Estados Unidos, eu sabia que era de um livro, mas não sabia que ele tinha mais de vinte anos, mas vamos prosseguir, o longa estreou nas telonas no dia 11 de Setembro de 2014 e foi dirigido por Phillip Noyce e o roteiro ficou por conta de Michael Mitnick e Robert B. Weide trabalhando, obviamente, em cima da obra original de Lois Lowry. No elenco temos Jeff Bridges, Meryl Streep, Brenton Thwaites, Odeya Rush, Taylor Swift (sim, a cantora), Alexander Skarsgard, entre outros.
 O filme conta a história de um lugar onde vive uma 'comunidade perfeita' que não possuem doenças, nenhum tipo de mal e até mesmo nenhum tipo de sentimento, ela foi privada deles para nenhum mal ocorrer ou algum tipo de ameaça. Nessa comunidade existe uma pessoa encarregada de guardar as memórias do mundo em que vivemos hoje como forma de registro e de tempos em tempos uma outra pessoa é escolhida (uma pessoa jovem) para aprender e ter acesso a essas memórias para não se perderem e assim por diante e agora está nas mãos de um jovem que treina com um homem com muita sabedoria o mostrando coisas e sentimentos que para ele é uma grande novidade. 

 Cena do filme 'O Doador de Memórias' de 2014 da 'Paris Filmes'.

 Um fato: não tem como negar que o longa, a ideia que gira em torno dele e todo conceito empregado foi muito bem desenvolvido e me fez pensar sobre essa comunidade ideal, pois não existem brigas, com isso não existe guerras e nem desavenças e muito menos crimes ou violência. Com a tecnologia as pessoas não ficam doentes e elas levam uma vida pacata. A história gira em torno do jovem Jonas que é o escolhido para ter acesso a memórias desse mundo em que vivemos, elas foram privadas, mas não podem ser esquecidas. Com apenas o toque das mãos (do 'Doador' que é tipo um mestre para o jovem aprendiz) ele começa a ter visões de algumas coisas que o doador quer que ele sinta ou passe ou até mesmo conheça para ter esses registros e depois de um tempo, quando ele se tornar velho, passar para uma outra pessoa e assim por diante (para elas não se perderem, você entendeu).
 O interessante é que resolveram poupar esse espaço de tudo que é mal para todos viverem harmoniosamente, sem guerras e nem sentimentos, mas sem nenhum sentimento e ai que está o problema. Resolveram privar os sentimentos maus e os bons também, pois não tem como escolher, se existe sentimento tem as duas partes (como as duas partes da laranja, os dois extremos). Com isso, Jonas vê em uma lembrança uma festa e vê pessoas sorrindo e sente algo bom e o doador lhe explica que é alegria, ele sente amor e todo o resto (até algumas maldades necessárias), e o jovem acha que a sociedade não pode ser privada daquilo e isso deve ser 'retransmitido' para as pessoas que moram lá como seus pais (que é escolhido um homem e uma mulher para momarem juntos e tomarem conta de uma ou mais crianças, pois não existe amir para eles resolverem se conhecer e viverem juntos). 
 Eu achei a ideia fantástica, reprimiram, privaram e criaram algo perfeito, mas pacato e cinza demais. O longa foi muito bacana, o livro deve ser muito legal, mas a parte que não gostei (lembra? Dois extremos) foi do desenvolvimento da história (é que não vou contar aqui com detalhes), mas depois que o garoto acha que é necessária e é lhe dada uma missão, tudo acontece num estalar de dedos e simplesmente acontece. Poderia existir uma aventura ou algum drama maior para ser empregado na história para recheá-la com um sentimento forte para transmitir para o telespectador, mas não sei se ficaram com medo ou se seguiram o livro e que ele tem esse desenvolvimento fraco.
 Entenda, a história é incrível, o conceito e tudo que é criado. O filme já começa muito bem, mas bem até demais, pois depois não existe o desenvolvimento, existe, mas é quase não perspectivável, é algo muito fraco que segue para um fim muito óbvio. Acredito que a mente de uma criação dessas poderia bolar algo mais concreto e sentimental, mas como na comunidade, faltou ou o alvo era só mostrar aquela existência e ponto final (acredito que não, mas foi o que parecia ser).  
 Mas mesmo assim é um filme que indico, um longa interessante misturando ficção, fantasia e drama e bem diferente do que tudo que você já viu. Os veículos de imprensa não foram muito com a cara do longa (duvido que não pegaram essa parte do desenvolvimento) e deram notas baixas para ele que foi classificado como um filme 'regular/bom', eu considero o filme 'O Doador de Memórias' como um bom filme, tinha tudo para ser um longa 'ótimo', mas sem desenvolvimento realmente não da, ainda mais com uma série de filmes que saíram das páginas de livros. Mas eu indico para todos interessados, pois é um filme diferente e curioso e interessante. Confira abaixo doze vídeos sobre o filme e confira um pouco sobre o universo que o longa aborda.













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