Capa do álbum 'The Good, The Bad & The Queen' supergrupo liderado por Damon Albarn.
Damon Albarn, já falei tanto de você aqui e hoje volto a falar novamente em mais um álbum que ele trabalhou, em mais uma de suas criações fantásticas e essa levando o nome de 'The Good, The Bad & The Queen' o nome do álbum (ele disse que a banda não possuía (possuí) nome) em que ele e alguns artistas convidados se uniram para fazer esse projeto dar certo e isso ocorreu em 2006 e o álbum foi lançado no dia 22 de Janeiro de 2007.
Depois de trabalhar com os Gorillaz em 2005, Damon Albarn estava querendo criar algo solo, um álbum bem pessoal e estava seguindo por esse caminho até ele mudar radicalmente de ideia (por isso que eu amo esse cara) e pensar "por quê não montar um supergrupo?". Supergrupo é pegar o baterista de uma banda, o guitarrista de outra e o baixista de uma outra e montar um projeto temporário e foi isso que ocorreu pois nela temos Paul Simonon da banda 'The Clash' que depois continuou a trabalhar com Damon em 2010 num outro álbum dos Gorillaz, temos Paul Simonon que era um ex-membro da grande banda 'The Verve' que infelizmente encerraram as atividades e Tony Allen, um baterista de um músico Nigeriano chamado Fela Kuti. Pegamos todos esses citados e misturamos com todo talento, anos de estrada e jornada na carreira musical e genialidade resultando num projeto 'majestoso' chamado 'The Good, The Bad & The Queen' (traduzindo: 'O Bom, O Mal e a Rainha').
Deixando a ideia de um álbum solo para depois (isso só veio a acontecer no ano de 2014) Damon Albarn seguia com esse projeto sobre um álbum conceitual como as músicas eram todas temáticas com referência a vida moderna de Londres. A produção do álbum ficou por conta de 'Danger Mouse' da dupla 'Gnars Barkley' que já tinha trabalhado no álbum 'Demon Days' de 2005 dos Gorillaz.
Integrantes do grupo 'The Good, The Bad & The Queen'. Fonte da imagem: pastdaily.com
Depois, nas apresentações o grupo passou a ser chamado pelo mesmo nome do projeto. Realmente o álbum é incrível, clássico e formidável de escutar e sentir, algo nunca visto e experimentado ainda por Damon Albarn e não sabendo muito sobre o caminho e os estilos experimentados dos outros integrantes, acredito que seja inovador para eles também. Em 2007 com o seu lançamento, tivemos algo clássico e inovador nas paradas de sucesso e lançamentos, inovador pelo tipo de música que é um 'Rock Alternativo' muito caprichado e detalhista em cada ponto da música (de cada música) transformando toda obra em algo belo e totalmente inovador (contudo, trazendo o estilo clássico) para nossa época.
Integrantes do grupo 'The Good, The Bad & The Queen'. Fonte da imagem: mtv.com
O álbum em si traz uma harmonia sem igual e acredito muito que Damon Albarn ficou muito satisfeito, pois ele gosta de trazer e trabalhar com algo novo e ainda não testado por ele e estudar isso para fazer o melhor e como sempre ele conseguiu. 'The Good, The Bad & The Queen' se apresentou poucas vezes ao vivo não saindo da Europa com uma pequena turnê que decidiram fazer. Eles encorporaram ao estilo clássico e refinado das músicas que tocam, pois se apresentavam trajando roupas 'finas', Paul Simonon de chapéu e Damon algumas vezes com uma cartola para aumentar ainda mais a força do 'clássico' em suas apresentações.
Do álbum saíram três singles: o primeiro foi 'Herculean', uma faixa que leva muito a cara da banda e o estilo, ela foi lançada no dia 30 de Outubro de 2006 seguindo pela 'Kingdom of Doom' que é muito bela e realmente transpira 'The Good, The Bad & The Queen' sendo lançada no dia 15 de Janeiro de 2007 seguida por 'Green Fields' que é uma ótima faixa e mais lenta e cautelosa sendo lançada no dia 02 de Abril de 2007. O álbum inteiro se comunica e isso é mágico, tanto pelo estilo empregado nas músicas tanto na ordem que as segue. Ele possuí doze faixas belas que foram bem construídas e que trazem todo esse estilo inovador, porém clássico que o grupo optou por trabalhar.
Como dito, a banda 'encerrou' as atividades cedo não planejando nada para o futuro, Paul continuou com Damon enquanto os outros voltaram para seus projetos e trabalhos. Felizmente no ano de 2011 a banda se reuniu novamente e fez um show no 'Coronet Theatre' localizado em Londres no quadragésimo aniversário da 'Greenpeace'. Damon Albarn tem a mania de escrever músicas, sempre compor e decidir empregar para seus diversos projetos e algumas das vezes trocar. A música 'On Melancholly Hill' do terceiro álbum de estúdio dos Gorillaz de 2010 era para ser do projeto 'The Good, The Bad & The Queen', mas por algum motivo ela não acabou entrando para o setlist da banda e foi 'empurrada' para três anos e encaixada em um outro projeto. No show de 2011 eles tocaram a música.
Em 2014 Damon Albarn deu sinal verde para um novo álbum do 'supergrupo' e disse que todas as músicas já estavam escritas (isso não é novidade) e só estava esperando para ter um tempo e entrar em estúdio para voltarem a gravar. Em 2015 e 2016 essas especulações ficaram mais fortes e hoje sabemos que atualmente ele está centrado no quarto álbum de estúdio da banda Gorillaz que será lançado no ano que vem e que talvez o final de 2017 ou início de 2018 teremos um novo álbum deles, muito esperam ansiosos, pois é um dos projetos mais queridos de Damon Albarn que infelizmente não tem muito material ainda.
O álbum foi bem aceito pela imprensa sendo classificado como ótimo na maioria delas. Eu acho fantástico, as músicas são detalhadas e quando vou ouvi-lo eu ouço de três a quatro vezes seguidas pelo tamanho do brilhantismo que o mesmo traz em suas faixas. 'History Song' que abre o álbum te prepara para algo confortável já mostrando o que o projeto vem trazendo, '80's Life' começa com o piano e depois segue num tom melancólico que tem a assinatura da banda no quesito.
A quarta faixa 'Kingdom Of Doom' é fabulosa, é uma faixa curva que também segue com o ritmo do grupo apresentando todos efeitos, o teclado presente e a relevância do vocal em certas partes da música. A sexta faixa 'Behind the Sun' segue num ritmo calmo e tranquilo, a sétima faixa 'The Bunting Song' é uma das minhas favoritas (não tem como listar, pois são todas que sou apaixonado, mas estou elevando algumas) com um som leve e uma voz marcante, diferente da sexta faixa, essa traz mais emoção. A décima faixa 'Three Changes' já é uma música mais divertida e animada 'A la The Good, The Bad & The Queen' trazendo um ritmo mais rápido, acelerado com presenças de batidas e efeitos que aumentam essa sensação. A décima primeira faixa 'Green Fields' é cautelosa tendo como ponto forte o vocal do próprio Albarn e a música que encerra o álbum, a décima segunda intitulada como 'The Good, The Bad & The Queen' mostra toda força e estilo presente na banda. Sendo a faixa de maior duração (sete minutos) ela começa com o teclado e ao prosseguir vão aparecendo outros instrumentos até termos apenas os instrumentos num tom ousado e diferente do que vemos no álbum que encaixou muito bem encerrando um trabalho digno e maravilhoso.
Se procura algo novo para ouvir esta mais que indicada o grupo 'The Good, The Bad & The Queen' onde me apaixonei 'pela primeira ouvida' e não larguei mais. Uma sonoridade com uma qualidade incrível não perdendo a classe empregada, nem mesmo na última faixa onde existe uma velocidade maior e os músicos não podem perder o fio da velocidade que ela segue, nem mesmo assim eles deixam de se comportar como a 'The Good, The Bad & The Queen'.
Espero ansioso por um novo álbum da banda, ainda não comprei o álbum físico (cheguei perto de comprar, mas na última hora acabei comprando um lote de singles da banda Blur) e até ele não chegar ficamos com o álbum de estreia que foi muito bem elogiado pela crítica e muito amado pelos fãs que os aceitaram de coração aberto! Pura melodia e pura sofisticação, é isso e mais um pouco que você encontrará nesse álbum.
Apresentação ao vivo da banda 'The Good, The Bad & The Queen'. Fonte da Imagem: commons.wikimedia.org
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