Cartaz oficial do filme 'Bruna Surfistinha' de 2011 da 'Imagem Filmes'.
Como uma mulher alcançou o topo fazendo programas e 'evoluindo na vida' neste ramo até ser conhecida pelo país inteiro? É o que o filme 'Bruna Surfistinha' que foi baseado no livro 'O Doce Veneno do Escorpião' da própria 'surfistinha', estou falando da Raquel Pacheco, mostra e conta como tudo isso aconteceu.
O longa que se trata de um drama estreou nos cinemas no dia 25 de Fevereiro de 2011 levando mais de 400 mil pessoas para o cinema em seu primeiro fim de semana. Com a direção de Marcus Baldini onde estreou como diretor nesse longa, o roteiro ficou por conta de José Carvalho, Antonia Pellegrino e Homero Olivetto e no elenco contamos com Deborah Secco que faz o papel da 'Bruna' onde inicialmente seria Karen Junqueira para fazer tal papel, mas decidiram deixar com Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes, Fabiula Nascimento, Cristina Lago, Brenda Lígia, dentre outros.
O longa se baseia na vida de Raquel Pacheco que era uma jovem de classe média moradora de São Paulo que não se encaixava na família que tinha e um dia decidiu surpreender deixando a casa onde morava e tentar ser independente se tornando uma garota de programa. O filme mostra as diversas "experiências" que ela teve nessa sua carreira mostrando também a evolução dela até conseguir se tornar uma 'garota de programa de luxo', mas antes mostrando seus altos e baixos, quedas e muitos outros desafios que ela passou em sua vida até chegar onde chegou e conquistar coisas com o que fazia e perder também.
Cena do filme 'Bruna Surfistinha' de 'Imagem Filmes' de 2011 com Deborah Secco.
O papel caiu como uma luva na atriz Deborah Secco que não sentiu muitas dificuldades em fazer tais cenas dizendo que o que achou mais complicado as cenas de uso de drogas do que as cenas de sexo presentes no filme além dela ter que engordar 10 kg para fazer o papel. Karen Junqueira era a carta na manga que eles tinham para interpretar a personagem, mas ao meu ver não ficaria tão legal como a Deborah atuando.
O filme realmente é muito bacana, ele mostra com detalhes os pontos mais importantes da vida de Raquel Pacheco, desde sua ida a casa de prostituição no início e o comportamento dela com as outras mulheres que dividiam o mesmo local que ela, os problemas que ela passou na vida antes e atuando nessa 'área' entre muitos outros. O longa não chega a parecer uma biografia (que no fundo é), mas não parece, não sei se foi isso que eles queriam, mas achei até legal e interessante não parecer contando a história e seguindo com as mudanças e reconhecimento que ela foi ganhando através dessa vida que levava.
O filme ganhou como melhor filme através do juri popular, melhor atriz para Deborah Secco (que realmente foi um papel bem 'casca grossa') através do juri popular também e através do juri oficial que reconheceu tais dificuldades. Foi um dos papéis que eu achei mais 'pesados' e 'complicados' de atuar por inúmeros itens onde a atriz com toda essa gama de conhecimento conseguiu fazer e surpreender. Como dito, eu gostei do filme, é algo interessante que mostra como é a vida dessas pessoas e nesse ramo tão complicado e até mesmo assustador que muitas mulheres decidem entrar por falta de opção, estudo ou por achar ser o mais fácil para aquele momento que precisa de dinheiro ou até mesmo ganhar ou retomar sua independência.
Um fato curioso desse filme é que na trilha sonora é tocada no final (existem duas versões desse filme, eu assisti a da canção que irei falar agora, não sei se esta é a mais extensa ou a outra conta um pouco mais sobre a vida dela), mas ok, é tocada a música 'Fake Plastic Trees' do segundo álbum de estúdio da banda Radiohead e a banda quando soube que uma música deles iria estar presente num filme desse conteúdo eles decidiram assistir antes para ver o material e onde a música deles iria se encaixar, mas depois de conferirem o longa, Thom Yorque (o vocalista) deu sinal verde, acredito que pensaram (talvez) que por se tratar desse conteúdo, o longa se trataria de uma pornografia mais presente ou quase explicita que não acontece e depois de se certificarem realmente disso eles ficaram mais tranquilos de uma das músicas mais importantes deles entrarem na trilha sonora do filme.
Infelizmente eu não tenho as notas da imprensa em mãos sobre o filme, mas eu considero 'Bruna Surfistinha' como um filme 'bom/ótimo' com todo detalhe, um roteiro baseado na obra de Raquel Pacheco muito bacana onde exploraram esse mundo e contou como uma mulher se envolveu nele e o que encontrou se envolvendo e se entregando nele.
Confira abaixo seis vídeos sobre esse filme nacional de drama que indico para assistirem se tem curiosidade ou vontade de saber sobre a vida dessa mulher e sobre o que ela passou para alcançar o lugar que esta hoje.
Sobre o filme Bruna sufirtinha Deborah Secco conseguiu incorpora a personagem.
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