Meu Primeiro Celular: Um Nokia 2112.

Imagem do meu primeiro celular, um Nokia modelo 2112. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.

 Você se lembra do seu primeiro celular? Foi uma surpresa quando resolveram comprar este pra mim quando eu tinha uns catorze anos num shopping, claro, ele era um dos mais baratos e eu tinha a opção de escolher este e um de outra marca cinza com a luz da tela alaranjada (comicamente minha avó o adquiriu depois, ele era quadradão) e eu achei este mais bonito e ao invés de não escolher nenhum (pois a sensação do momento eram os celular com câmeras VGA para tirar foto, mas os preços eram absurdos) eu escolhi o Nokia 2112.

 Ele é uma evolução daquele 'Nokia Indestrutível' (esqueci o modelo, era aquele azul mais escuro) se não me engano, mas este tinha um ar mais feminino (percebi agora, não na hora da compra, só pra ficar claro para o leitor), você já teve um desses?

 Ele era um aparelho bonitinho na época, o que diferenciava dos demais era a lanterna que ele tinha em cima com uma luz branca relativamente forte que eu me lembre. Aquela lanterna também era o botão de ligar e desligar o aparelho e você tinha que o pressionar por 3 segundos para que isso acontecesse. Claro, na época o aparelho era bloqueado e acredito que a lanterna era o diferencial de todas as outras marcas de celulares comuns, se não me engano não tinha outro que vinha com uma luz, ou lanterna do tipo e foi esse ponto que achei bacana.

 Comparado a outros, o Nokia 2112 era bem 'gordinho' em relação aos outros, o carregador dele era o tipo de um pino que plugava na parte inferior do aparelho. Ele (tirando a lanterna, sim, eu sismei com ela) não tinha diferenciais, possuía chamada por voz e também um gravador que gravava apenas 60 segundos (engraçado como a tecnologia evoluiu, não é mesmo?) e me lembro que nessa época eu gravava um minuto de uma das músicas que eu gostava que alguma 'parada musical' exibia, a gravação ficava horrível, mas eu fazia isso e depois ouvia, na época eu tinha um Windows 98 e uma internet discada e não sabia mexer muito bem, então era o único jeito. Teve um fato curioso sobre o aparelho que eu usei o gravador para gravar algumas piadas, com vergonha que alguém me ouvisse eu fui gravar na parte de trás do quintal da minha casa num dia que ventava muito e quando fui ouvir só ouvia o vento, foi frustrante, mas engraçado.

 Imagem do meu primeiro aparelho celular, um Nokia modelo 2112. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.

 Na verdade não sei por quê sismaram de comprar um celular pra mim, pois eu não saia de casa e muito menos me deixavam levá-lo para a escola. Mas sempre fui cuidadoso com meus aparelhos eletrônicos desde adolescente, está vendo, ele está com a capinha e realmente é uma pena não funcionar mais. Fiquei ele por uns dois anos no máximo, e depois troquei por um que tirava foto, mas esse assunto é para uma outra postagem. Nunca o deixei cair que eu me lembre, a bateria dele está guardada fora do aparelho (para não estragar dentro dele), mas acredito que ela não pegue mais e o carregador eu perdi, mas cá entre nós, até que era um aparelho bonitinho para a época não era? 

 Ele também tinha uma 'frescurinha' sendo diferente dos outros. Na parte de trás dele dava para se encaixar uma fotografia da pessoa personalizando o aparelho. Não sei se muitas pessoas fizeram isso com ele (eu não, na verdade nunca me interessei), mas era um diferencial que nenhum outro aparelho, que eu me lembre, tinha. O meu ainda na parte de trás, acreditem, ainda tem o plástico de proteção que fica em cima do logo e do número do modelo do aparelho, essa é a prova viva que eu realmente não me interessei em mexer para colocar foto e também nunca o tirava da capinha de proteção que, se não me engano, comprei na própria loja que o comprei (não estou lembrado, ou foi no próprio shopping). 

Parte de trás do meu Nokia 2112 com o plástico de proteção soltando um pouco. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.

 No começo eu me achava o máximo com ele, pois poderia ligar pra qualquer um, no começo até que colocavam créditos, mas depois não colocavam mais e quando eu ia ligar pra alguém, adivinhem? Sim, a cobrar. Depois perdi o interesse nele e o que mais gostava de fazer com o aparelho era (o que toda criança pergunta quando vai mexer no seu? Se tem jogo não é?) jogar os dois jogos que ele tinha (que eu me lembre tinha dois). Um deles era o da 'cobrinha' um clássico dos telefones móveis e isso é um fato, até hoje tem gente que joga e alguns são realmente vidrados e eu gostava muito. O outro game que ele tinha que era incrível (esqueci o nome) era de uma nave que ia se locomovendo para o lado direito da tela (para frente) e você subia e descia ela e apertava um botão numérico para fazê-la atirar, mas como todo game tem algumas partes 'apelonas' existia uma que você entrava numa caverna e além de atirar nas naves inimigas que atiravam muito mais que você, sua nave espacial ainda tinha que desviar de alguns rochedos que haviam no meio do caminho dificultando muito, então, pra mim não passar raiva com o jogo eu jogava o da 'cobrinha' quando estava entediado.

 É isso pessoal, procurando minhas pilhas recarregáveis dentro do meu quarto acabei o encontrando e o guardando com carinho, pois um dia ele virará uma relíquia (se já não é) e decidi falar um pouco sobre ele aqui e em breve falo sobre meu segundo aparelho. E você, teve um desses antigamente? Quais suas histórias com ele? Não sei se ele é indestrutível como o azul escuro da Nokia, mas acredito que não. Se conhecer ou se teve, conte no campo de comentários, pois ele, com certeza, faz parte da Nostalgia de muita gente que se lembra desse aparelho como 'o celular da lanterninha' e se tiver curioso sobre as funções (não eram muitas) encontrei o manual do aparelho online no formato PDF, então clique aqui para conhecer um pouco mais sobre este aparelho.

 Meu primeiro aparelho celular, um Nokia 2112 que realmente tem o aspecto de novo pela conservação. Fonte da Imagem: Arquivo Pessoal.